O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Caixa Geral de Depósitos convocou uma greve de 24 horas, para 2 de Novembro, sexta-feira, dia em que ocorrerá também uma concentração nacional, às 15 horas, frente à sede da CGD, na Avenida João XXI, em Lisboa.

Os trabalhadores, como refere o STEC, num comunicado de dia 17, não aceitam estar há quase três anos sem qualquer aumento salarial; exigem a reposição do subsídio de férias de 2012 e o pagamento do subsídio de Natal; repudiam os cortes previstos, mais uma vez, na proposta de OE para 2013; rejeitam que as empresas do Grupo CGD se estejam a financiar com os subsídios dos trabalhadores (que não revertem para o Orçamento do Estado); e não aceitam que apenas às administrações seja reconhecido que actuam em áreas concorrenciais, sendo por isso beneficiadas nas suas principescas remunerações.

Por outro lado, deve ser reconhecido o esforço dos trabalhadores, bem patente nos resultados do grupo, o qual obteve lucros, que são «transformados em avultados prejuízos pelas imparidades e as provisões resultantes de créditos e financiamentos imprudentes».

Trabalhadores e sindicato «repudiam a tentativa de venda às fatias do Grupo CGD, de que é exemplo a área da saúde», lembrando que a CGD investiu «centenas de milhões de euros», nas várias unidades dos HPP (a última foi o Hospital de Albufeira, em Agosto) e «agora vende a preço de saldo todo este investimento, a um grupo empresarial brasileiro».

Da administração exigem responsabilidades, porque, «depois de anunciada como eminente a venda da Caixa Seguros, continua a dar orientações à rede de balcões para a venda de produtos da área seguradora, o que colocará a CGD numa posição de extrema fragilidade se, no futuro, essa área vier a ser vendida».

Por fim, é manifestado repúdio pela privatização parcial ou total da CGD, realçando que esta decisão, a concretizar-se, iria colocar Portugal como o único país da zona euro sem um banco público e teria graves consequências para o País e para os postos de trabalho nas empresas do grupo.